tiriba-de-testa-vermelha

Tiriba-de-testa-vermelha

Também conhecida pelo nome de cara-suja, a tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis) é uma ave da família Psittacidae que habita regiões florestais, geralmente em bandos. Sofre com a perda de habitat.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) purrhos = com a cor da chama do fogo, vermelho; e -ouros = com a cauda; e do (latim) frontalis, frontis = testa, frente, fronte . ⇒ (Ave com) a cauda e testa vermelhas.

Características

Mede entre 24 e 28 centímetros de comprimento e pesa entre 72 e 94 gramas.
É verde, inclusive nas bochechas, com a zona auricular pardacenta. Fronte, abdômen e face inferior da cauda de cor vermelha. Região perioftálmica branca, assim como a cara. Não possui diferenças externas aparentes entre machos e fêmeas.

Subespécies


Existem 2 subespécies válidas, ambas presentes no Brasil:

  • Pyrrhura frontalis frontalis (Vieillot, 1818) - ocorre no leste do Brasil, do estado da Bahia a Rio de Janeiro até o norte de São Paulo).
  • Pyrrhura frontalis chiripepe (Vieillot, 1818) - ocorre do sudeste e sul do do Brasil até o sudeste do Paraguai e norte da Argentina e Uruguai.

Aves Brasil CBRO - 2015 (Piacentini et al. 2015); (Clements checklist, 2014).

Fotos das subespécies de (Pyrrhura frontalis)
(Ssp. frontalis) (Ssp. chiripepe)

Mutações na plumagem dos Psitacídeos

Flavismo é a ausência parcial da melanina (nesse caso ainda pode ser observado um pouco da cor original da ave), porém presença de pigmentos carotenoides. A ave flavística ou canela se apresenta com a coloração diluída, devido à perda parcial de melanina, tanto da eumelanina (pigmento negro) quanto da feomelanina (pigmento castanho).

Cianismo consiste na perda dos pigmentos carotenoides, que geralmente dão cor amarela, vermelha, laranja, dentre outras. Nesse caso, o indivíduo passa a apresentar apenas a melanina, mostrando cor azul. É mais comum em Psittacidae, por possuírem geralmente pigmentos azul e amarelo formadores da coloração verde, presente em grande parte das aves desta família.

Fotos de (Pyrrhura frontalis) com mutação na plumagem.
(Pyrrhura frontalis) com flavismo (Pyrrhura frontalis) com cianismo

Alimentação

Prefere frutas pequenas, mas também come frutos grandes, sementes e castanhas. Costuma equilibrar-se nos galhos, ficando de cabeça para baixo enquanto come.

Reprodução

Nidifica em cavidades em troncos de árvores onde são postos de 3 a 5 ovos, cujas dimensões estão em torno de 26 x 21 milímetros e que são incubados pela fêmea durante cerca de 30 dias. Quando nascem os filhotes, estes são alimentados pelos pais, especialmente pelo macho, durante cerca de 45 dias.

Hábitos

Desloca-se geralmente em bandos de 10 a 40 indivíduos.

Distribuição Geográfica

Ocorre da Bahia ao Rio Grande do Sul, além da Mata Atlântica de Goiás e do sul do Mato Grosso do Sul, Uruguai, Paraguai e Argentina.

Referências

Consulta bibliográfica sobre as subespécies:

  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.
  • del Hoyo, J.; et al., (2014). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona.
  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • Piacentini et al. (2015). Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91–298.

Galeria de Fotos

tiriba-de-testa-vermelha.txt · Última modificação: 2018/12/15 22:54 (edição externa)