Mandrião-antártico

Também chamada de gaivota-rapineira.

Seu nome científico significa: Stercorarius do latim stercorarius de esterco (Stercus, stercoris esterco), uma referência à forma como a ave busca o seu alimento, atacando outras aves até elas regurgitarem; antarcticus referência à região polar Antártica. ⇒ (Comedor) de esterco da Antártica.

Tem uma envergadura média de 147 centímetros (64 cm de comprimento) e uma massa média de 1.730 gramas (dados provenientes de adultos de King George Island / Ilhas Shetland do Sul). Os sexos são similares na aparência, porém em alguns casos (41% na Península Fildes), os machos são mais escuros do que as fêmeas (Peter et al., 1990). No entanto, eles são diferentes em tamanho, com fêmeas maiores e mais pesadas que os machos, conhecido como dimorfismo sexual inverso.

mandrião-antártico adulto

mandrião-antártico jovem

Hábitos alimentares piratas, ou seja perseguem outras aves a fim de obter a presa delas.

mandrião-antártico se alimentando

Começa em novembro e se estende até o início de dezembro. Reproduz-se em locais mais ao sul, com seu início dependendo principalmente das condições existentes no território. Precisa de locais livres de neve para a postura dos ovos. Reproduz-se em colônias amplas, resultando em ninhos muito separados uns dos outros (densidade mais elevada registrada de 132 pares/km2 (Phillips et al. 2004)). A formação de um par normal, com um macho e uma fêmea, é comum, mas não é rara a reprodução cooperativa em trios ou em grupos maiores. Coloca até dois ovos bem camuflados, salpicados de marrom-verde-preto, que incubam por 28 a 32 dias. As penas inferiores dos filhotes são de cor uniforme, do cinza claro ao marrom. Eles são capazes de deixar o ninho depois de alguns dias, mas ficam sempre no território dos seus pais e emplumam após cerca de 50 dias. Após a saída do ninho, eles dependem de seus pais por cerca de mais um mês, principalmente para a provisão de alimentos. O mandrião-antártico atinge a maturidade sexual aos 5 anos ou mais, mas geralmente depois de 8 anos (Young, 1998). A taxa de mortalidade de filhotes é alta, atribuída, entre outros, a perda de ninhada por causa de predação por outros mandriões, fome ou casos de morte pós-emplumação. Mostram fidelidade ao local de nascimento (Young, 1998). Eles tendem a voltar a este lugar todos os anos para as atividades de reprodução durante toda a sua vida; predominantemente, pares até mesmo ocupam o mesmo território.

Casal de mandrião-antártico

Ninho de mandrião-antártico

Ovo de mandrião-antártico

Hábitos alimentares piratas. Voa às vezes a até 50m acima do oceano. Pode hibridizar no seu limite de distribuição com S. chilensis no Sul da Argentina (Devillers, 1977).

Bando de mandrião-antártico

• Antartic Field Guide - Disponivel em http://afg.biodiversity.aq/species/197-stercorarius-antarcticus-lonnbergi. Acessado em 23 de Set. 2014.
• HARRISON, P. Seabirds of the world: a photographic guide; Princeton University Press, Princeton, New Jersey, 2003.