Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Accipitriformes |
Família: | Accipitridae |
Vigors, 1824 | |
Subfamília: | Accipitrininae |
Vigors, 1824 | |
Espécie: | A. lacernulatus |
Espécie endêmica do Brasil. O gavião-pombo-pequeno é uma ave Accipitriforme da família Accipitridae.
Antes possuía o nome científico de Leucopternis lacernulata. Também conhecido como gavião-pomba, gavião-branco, gavião-pombo, gavião-soleiro.
Seu nome científico significa: de amadon = homenagem ao ornitólogo americano especialista em aves de rapina, Dr. Dean Arthur Amadon (1912–2003); e de Astur = referente ao gênero Astur, de (Lacépède, 1801), do (grego) asterias = falcão; e do (latim) lacernulatus, lacernula, lacerna = com pequena capa, pequeno manto, manto. Astur de Amadon com pequeno manto ou falcão de Amadon com pequena capa.
Possui a cabeça e partes inferiores do corpo de cor branco puro. Em voo pode ser confundido com pombos. O dorso é anegrado, as asas têm desenho negro na face ventral, sendo também negra a face dorsal. Cauda curta e branca, com base estreita e faixa anteapical negra. Por causa da cor branco puro, a espécie destaca-se à distância. Possui 43 a 52 cm de comprimento, envergadura 96 cm, asa 295 mm, cauda 157 mm, bico 23 mm e tarso 85 mm.
O gavião-pombo-pequeno é morfologicamente muito similar ao gavião-pombo-grande (Pseudastur polionotus), do qual se diferencia principalmente pelo menor porte, vocalização e pela coloração da ponta da cauda, sendo branca com uma faixa terminal preta em Amadonastur lacernulatus e inteiramente branca, sem nenhum barrado e mais curta em Pseudastur polionotus.
Fotos das espécies Amadonastur lacernulatus e Pseudastur polionotus | |
---|---|
(gavião-pombo-pequeno) | (gavião-pombo-grande) |
Canto (Amadonastur lacernulatus) | Canto (Pseudastur polionotus) |
Alimenta-se de aranhas, crustáceos, pequenas cobras, roedores, pequenos mamíferos, lagartixas, insetos, lagartas, aves e mocós. Forrageia animais espantados no solo por formigas-de-correição e por bandos de macacos ou quatis que servem de “batedores”.
Na época da reprodução faz o ninho com galhos secos no alto das árvores.
Ocorre desde o nível do mar até cerca de 900 metros de altitude. Embora passe a maior parte de sua vida sozinho, o gavião-pombo-pequeno pode se juntar a outros bandos de aves para capturar invertebrados e outros pequenos animais. Também há registros de indivíduos seguindo grupos de primatas e até tratores nas lavouras, na tentativa de capturar animais em fuga.
Ocorre na Floresta Atlântica do Brasil Oriental, da Bahia até Santa Catarina, sendo espécie endêmica do Brasil.
No Paraná é considerada espécie rara com pouquíssimos registros, todos eles na floresta atlântica, onde parece preferir as regiões primitivas.