beija-flor-de-veste-verde

Beija-flor-de-veste-verde

O beija-flor-de-veste-verde é uma ave da ordem Apodiformes, da família Trochilidae.
Também chamado de beija-flor-de-garganta verde e em outras línguas de Grunkehlmango (Alemão) e Green-throated Mango (Inglês).
As aves deste Gênero possuem bico quase o dobro do comprimento da cabeça e levemente curvado, a membrana sobre as narinas é emplumada até o meio; a cauda tem mais ou menos a metade do comprimento da asa e á larga e um pouco recortada; os sexos são diferentes na coloração.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) anthrax = carvão, da cor do carvão; e thörax = peito; e do (latim) viridis = verde; e gula = garganta. ⇒ (Beija-flor) com peito preto e a garganta verde.

Características

Mede entre 10,2 e 13 centímetros de comprimento e pesa 9 gramas.
Beija-flor de tamanho médio com a porção superior do corpo bronze-verdes brilhante com brilho dourado ou acobreado no uropígio e nas coberteiras supracaudais (Spaans et al., 2015). Seu bico é robusto, ligeiramente curvado (Hilty, 2003). Rêmiges na coloração castanho-acinzentada.
O macho da espécie apresenta a porção inferior do corpo na coloração verde com o centro do peito e barriga pretos. Em campo, na maioria das vezes, as partes inferiores podem parecer completamente pretas. O par central das retrizes é escuro, os outros pares apresentam coloração vinácea com reflexos arroxeados e extremidade terminal na cor azul escuro (Spaans et al., 2015).
A fêmea da espécie apresenta a porção superior semelhante ao macho da espécie, mas apresenta muito mais reflexos na coloração cobre-avermelhado brilhante, mesmo na coroa (Hilty, 2003). As partes inferiores da fêmea são brancas com uma faixa central estreita na coloração preta, às vezes esta faixa apresenta interrupção (Spaans et al., 2015). A porção inferior do corpo da fêmea é branca com uma conspícua faixa preta (Hilty, 2003). Os flancos do peito da fêmea são verdes com forte reflexo acobreado ou avermelhado difícil de observar em campo (Hilty, 2003). A cauda da fêmea é semelhante a do macho, mas as penas retrizes externas apresentam uma estreita faixa terminal branca.
O imaturo apresenta plumagem similar a plumagem da fêmea da espécie, entretanto com uma faixa acastanhada em ambos os lados da garganta e peito superior, bem como com algumas manchas acastanhadas nos flancos ventrais. Esta faixa acastanhada desaparece com a idade, ficando mais tempo nos machos imaturos do que nas fêmeas (Spaans et al., 2015).

Subespécies

Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
(Clements checklist, 2014).

Alimentação

Alimenta-se principalmente de néctar, muitas vezes tomados a partir de flores de árvores de grande porte. As flores preferidas são das famílias das voquisiaceas, bignoniáceas, bombacáceas, malváceas e outras rubiáceas em que se destaca a Genipa americana, onde muitas espécies de beija-flores frequentam ao mesmo tempo, e travam constantes lutas pela invasão do território ou área de cada indivíduo. Também é notavelmente insetívoro, muitas vezes pairando em áreas abertas para capturar insetos voadores.

Reprodução

Na época da reprodução o macho faz a corte, exibindo sua cauda aberta em leque durante o voo, ao redor e em frente à fêmea. Seu ninho é uma tigela sólida e rasa feita de material macio, como paina de gravatá, fiapos de xaxim, etc. e com sua parede externa atapetada com fragmentos de folhas, liquens, musgos, etc., colados firmemente com teias de aranhas. O ninho é colocado abertamente sobre um ramo horizontal ou uma forquilha de árvores e arbustos e muito comum em bambu, a uma altura variável de dois a dez metros do solo. Medida do ninho: altura 30 mm, profundidade 25 mm, diâmetro externo 45 mm e diâmetro interno 35 mm. Ovo: 0,71 gramas, medindo 16,5 X 9,5 mm. A Fêmea põe geralmente 2 avos alongados e brancos, e são incubados pela fêmea por um período de 14 a 16 dias, enquanto o macho defende o território. Os jovens empenam após cerca de 25 dias e vão permanecer com os adultos por mais um mês.

Hábitos

Ocorre na mata ripária ribeirinha, matas de igapó ou em ilhas fluviais com abundância de embaúbas e helicônias, desde os baixos rios Madeira e Amazonas até a ilha de Marajó. Frequenta ainda o litoral arenoso e também o limoso (mangues), desde o Pará ao Amapá e Guianas.

Voz: O canto é muito pouco perceptível, pois o som emitido é muito surdo e serrilhado, parecendo o zumbido de um inseto cerambicideo, quando seguro na mão tem assovios, mas estes são de tonalidades grave.

Distribuição Geográfica

R ( Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos ). Ocorre na ilha de Trinidad no Caribe, no leste da Venezuela, Guianas e no norte do Brasil (AP, PA, AM e MA). No O do AM e L do PA restrito às várzeas do rio Amazonas. Status de conservação: LC ( IUCN ); Appendix II ( CITES ).

Referências

  • GRANTSAU, Rolf. Os beija-flores do Brasil: uma chave de identificação para todas as formas de beija-flores do Brasil / de Rolf Grantsau. - Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1998. pág. 67.
  • HILTY; Steven L. (2003). Birds of Venezuela. 2nd edition; Princeton, NJ:Princeton University Press. 878 pag.
  • SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 3ª edição (disponível na página 254 nº 8 - Beija-flor-de-veste-verde), São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2013.
  • SPAANS; Arie L., Ottema; H. O., Ribot; J. H. J. M. (2015). Fild Guide to the Birds of Suriname. Ed. Brill, Boston. 633 pag.
  • Sick, Helmut. Ornitologia Brasileira. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1997.
  • Contribuição: Omar Ramos Borges.

Consulta bibliográfica sobre subespécies:

  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.
  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.

Galeria de Fotos

beija-flor-de-veste-verde.txt · Última modificação: 2022/11/22 07:10 por Robson Czaban