beija-flor-de-orelha-violeta

Beija-flor-de-orelha-violeta

O beija-flor-de-orelha-violeta é uma ave apodiforme da família Trochilidae.

Também conhecido como beija-flor-do-canto, colibri e colibri-de-canto. Ave símbolo do Estado do Espírito Santo (Lei Estadual nº 3689/1984).

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (espanhol) colibri = nome espanhol para beija-flor; e do (latim) serra = serra, serrilhado; e rostris = bico. ⇒ Beija-flor com bico serrilhado.

Características

Mede cerca de 15 cm. O macho é esverdeado com tons de roxo no peito e na ponta das asas, obviamente com as orelhas violeta. Na cabeça pode-se ver atrás do olho uma mancha azulada, dando o encontro com a orelha violeta. Bem abaixo do peito, perto da cauda, o verde se torna esbranquiçado e vai clareando até se tornar branco puro, então liga-se com a cauda, que é longa, de um tom preto esverdeado, a mesma tonalidade das asas. A fêmea não tem a orelha violeta e é verde esbranquiçada, com as asas e a cauda iguais às do macho de uma cor preta esverdeada. Quando filhote, sua cor é marrom com tons de verde, que vão dominando a cor marrom com o passar do tempo até quando se torna jovem e esverdeado, e ganha as cores violeta do macho ou o verde esbranquiçado da fêmea.

Subespécies

Não possui subespécies.

Alimentação

Alimenta-se do néctar das flores e complementa a sua dieta com pequenos artrópodes.

Reprodução

Na época do acasalamento o macho para librando diante da fêmea pousada, eriçando os tufos arroxeados para a frente e para cima. Ele faz o ninho em galhos finos de arbustos seguros para o ninho. Para fazer o ninho ele utiliza pequenos gravetos, papéis encontrados no chão e teias de aranha. Enrola tudo em uma cestinha perfeitamente redonda e bota 1 ou 2 ovos muito brancos sem uma única mancha. A partir daí, a fêmea fica no ninho quase o tempo todo, só saindo raramente nos horários quentes do dia para se alimentar, pois o macho já lhe traz a comida e, se ela sair numa hora do dia extremamente fria, os embriões podem morrer. Quando a casca do ovo está para rachar, a fêmea percebe e se recusa a sair do ninho, e mesmo sendo forçada a sair continua nele. Ela só sai quando o perigo é grande demais, mas só depois de ter certeza de que não há mais jeito de ficar no ninho.

Hábitos

É frequentemente um dos beija-flores mais comuns do Brasil centro-oriental. Vive em áreas semiabertas, bordas de floresta, capoeiras, cerrados, campos, cidades, parques e jardins. Habita os cerrados no período de chuvas e com a chegada da seca passa a frequentar a borda das matas ciliares. Nesse período destaca-se pelo canto contínuo, durante virtualmente todo o dia. É um chamado alto, curto e agudo, composto por quatro notas, repetidas de forma contínua do clarear ao escurecer. No outono migra localmente das regiões mais altas para os vales. É bastante territorial, defendendo agressivamente suas flores.

Voz: : “ttt…”, “zip-zip-zap” etc., emitindo esse canto do raiar do dia ao por do sol (daí o nome beija-flor-de-canto).

Predadores

Distribuição geográfica

R ( Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos ). Piauí, Bahia e Espírito Santo para oeste até Goiás e Mato Grosso, estendendo-se em direção sul até o Rio Grande do Sul. Encontrado também na Bolívia e Argentina.

Status de conservação: LC ( IUCN ); Appendix II ( CITES ).

Referências

Galeria de Fotos

beija-flor-de-orelha-violeta.txt · Última modificação: 2023/10/31 08:10 por Regis Silotti