Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Galbuliformes |
Família: | Galbulidae |
Vigors, 1825 | |
Espécie: | G. ruficauda |
A ariramba-de-cauda-ruiva é uma ave galbuliforme da família Galbulidae.
É a espécie do gênero Galbula mais conhecida e com maior área de ocorrência. Também conhecida como ariramba-de-cauda-castanha, ariramba-do-mato, beija-flor-d'água, beija-flor-da-mata-virgem, beija-flor-do-mato-virgem, chupa-flor-do-mato-virgem, beija-flor-grande, bico-de-agulha, bico-de-agulha-de-rabo-vermelho, bico-de-sovela, cuitelão, fura-barreira (PE), fura-barriga (PE), guainumbi-guaçu, sovelão (MG) e barra-do-dia (MA).
Apesar de parecer um beija-flor e ter nomes populares dizendo o mesmo, arirambas não são beija-flores, pois essas aves pertencem a ordens totalmente diferentes. Enquanto as arirambas são Galbuliformes os beija-flores são Apodiformes.
Seu nome científico significa: do (latim) galbula = pequeno pássaro amarelo; e rufi, rufus = de cor castanha, marrom, vermelha; e cauda = cauda. (“Jacamar Red Tail” de Levaillant(1801) (Galbula)). ⇒ Pequeno pássaro amarelo com cauda castanha.
Mede entre 19 e 25 centímetros e pesa entre 18 e 28 gramas.
À primeira vista, parece um grande beija-flor, devido tanto ao seu bico longo e fino, quanto à coloração verde-amarelada iridescente de grande parte da plumagem (semelhança responsável por alguns dos nomes comuns).
No macho as partes superiores, incluindo a face, a coroa e o peito são de coloração verde brilhante metálico. A cauda é relativamente longa e gradual. O par de penas retrizes centrais é alongado e tem uma cor verde metálica, as demais penas retrizes externas são castanhas. O ventre, crisso, as penas sob a cauda e a parte de baixo das asas são castanhos. O bico é preto, fino e longo como é característico da família Galbulidae e seu tamanho varia de 4 a 5 centímetros. A íris é marrom, a pele orbital da região loral é acinzentada. A coloração das pernas varia de marrom amarelada a cinza carne. As garras são negras. A garganta é branca, enquanto na fêmea e no macho juvenil ela é ferrugínea. Nas fêmeas, o abdômen é castanho, ligeiramente mais pálido do que o macho.
O imaturo tem um bico mais curto com a ponta de coloração marrom. A cauda dos imaturos também é mais curta com a extremidade mais clara e bronzeada. A faixa peitoral verde é menos proeminente do que nos adultos.
Possui seis subespécies:
(Clements checklist, 2014).
Caça exclusivamente insetos em voo, com grande destreza e velocidade para apanhar presas desde o tamanho de uma pequena abelha sem ferrão (meliponídeos) até libélulas e mariposas. Após capturar o inseto, volta ao ponto de partida e bate-o repetidamente contra o poleiro, retirando asas e quebrando a carapaça externa, o que facilita a ingestão. Logo após processar uma presa, volta a prestar atenção aos movimentos no entorno, com rápidos movimentos de cabeça sublinhados pelo longo bico.
Vive em casais o ano inteiro, com os filhotes sendo alimentados pelos pais por algumas semanas após saírem dos ninhos. Cava galerias estreitas e compridas nas barrancas de rios, em cupinzeiros nas árvores ou nos torrões de terra presos nas raízes de grandes árvores tombadas (o nome fura-barreira nasceu dessa característica). Na base da entrada da galeria, é possível ver as pequenas depressões laterais feitas pelos pés das aves chegando e partindo. Macho e fêmea chocam até quatro ovos por ninhada.
É encontrado nas áreas florestadas e secas, nos ambientes mais adensados, especialmente em suas bordas e clareiras. Pousa em galhos e cipós expostos, de 1 a 4 metros de altura. Esses poleiros são usados seguidamente como pontos de espreita das presas e locais de alimentação. Uma vez localizado, este local facilita o encontro dessa ave, representante de uma família exclusiva das Américas.
Além das cores e hábitos, outra característica especial dessa espécie é o canto. O chamado mais frequente é como uma risada aguda, iniciando-se espaçadamente e acelerando no final, ficando cada vez mais aguda. Um membro do casal responde ao outro seguidamente. Pelo timbre, imagina-se que seja uma ave menor produzindo-o. Ativa durante todo o dia, mesmo nas horas mais quentes, é sempre inesquecível vê-la sob a luz forte do sol. Ave considerada de fácil observação, não se mostra arisca diante da aproximação humana.
Ocorre da região do México até a Bolívia e Argentina e em boa parte do Brasil, sendo raro na região sul.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: