Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Piciformes |
Família: | Ramphastidae |
Vigors, 1825 | |
Espécie: | P. inscriptus |
O araçari-de-bico-riscado é uma ave piciforme da família Ramphastidae. Conhecido também como araçari-letrado e araçari-mirim-de-bico-riscado.
Seu nome científico significa: do (grego) pteros = pena, asa; e glössa = língua; pteroglossus = com língua emplumada; e do (latim) inscriptus, inscribere = marcado, para escrever, para marcar. ⇒ Ave com a língua emplumada e riscado/marcado.
Mede entre 33 e 40 centímetros de comprimento e pesa entre 95 e 140 gramas. Possui a parte superior escura. A parte traseira, asas e cauda são verde-escuras, e o peito e barriga são amarelos. A rabadilha (uropígio) é vermelha. Tem o bico típico de um tucano. A maxila é principalmente amarelo ou amarelo, com uma série de marcas verticais (“riscos”), e uma ponta preta; o padrão da mandíbula varia geograficamente, e podem ser primariamente amarelo ou (na subespécie oriental) inteiramente preto fosco.
As íris são vermelhas ou vermelho acastanhado, a pele ao redor dos olhos apresentam área de pele nua que rodeia a olho, faixa azul acima e diante do olho, com um sinal triangular vermelho atrás e abaixo da parte de trás do olho. O bico apresenta a maxila com coloração principalmente amarela pálida, com uma base preta estreita que se conecta a uma listra preta estreita e a uma ampla ponta preta. Apresenta uma série de estreitas marcas verticais “script” ao longo do bico. A mandíbula é amarelo pálido com uma ampla base preta e uma ponta preta, com algumas marcas verticais “script” apenas na porção proximal à ponta negra.
No adulto masculino, a cabeça (incluindo a garganta) na cor preta, exceto a pele nua ao redor dos olhos. A parte de trás, asas, e retrizes verde escuro; rabadilha vermelho intenso. Peito, barriga, e crisso amarelo, podendo se apresentar manchado com manchas na cor canela. Penas da tíbia, com cor variando de quase inteiramente verde para cerca de metade verde e metade amarelo pálido esbranquiçado.
Na fêmea adulta a estrutura é similar à do sexo masculino adulto, mas os lados da cabeça, pescoço, e garganta são da cor castanha em vez de preto; há também uma faixa preta estreita na borda inferior da garganta castanha. A fêmea também apresenta o bico menor do que dos indivíduos do sexo masculino.
O indivíduo imaturo é similar ao adulto do respectivo sexo, mas a plumagem mais pálida e opaca nas costas e partes inferiores, especialmente na rabadilha, que é vermelho opaco.
Vocalização: Emite sons parecidos com os de Pteroglossus viridis e produz sons parecidos com os do martim-pescador-grande (Megaceryle torquata), ou seja, uma sequencia periódica de “krrr-krrr-krrr-krrr”.
Possui duas subespécies reconhecidas:
(Clements checklist, 2014).
Forrageia em pequenos grupos, em árvores frutíferas à procura de frutos e complementa sua dieta com insetos. Os poucos estudos, indicam que ele é majoritariamente frugívoro e, embora não se tenha informações sobre todos os frutos que esta espécie ingere, sabe-se que Cecropia e Ocotea fazem parte de seu cardápio. Essa espécie também se alimenta de formigas e pequenos vertebrados, além de predar ovos de outras aves, como Patagioneas cayennensis, Tachycineta albiventer, Donacobius atricapilla e Paroaria gularis.
A literatura científica sobre a biologia reprodutiva dessa espécie é muito escassa. Entretanto supõe-se que sejam monogâmicos.
Vive solitário, aos pares ou em pequenos grupos na copa de florestas altas de terra firme, tanto em seu interior quanto nas bordas, várzeas, florestas de galeria, capoeiras e clareiras. Apesar de viver em florestas, aventura-se em descampadose pomares em busca de árvores frutíferas. Frequenta as mesmas árvores frutíferas que Ramphastus vitelinus, R. tucanus e Pteroglossus aracari. É possível que os grupos sejam formados por membros da mesma família. É grande predador de ninhos e pode descer ao sub-bosque para seguir correições de formigas.
Presente principalmente no Brasil, na maior parte da Amazônia ao sul dos rios Negro e Amazonas, e nos estados de Pernambuco e Alagoas. Encontrado também na Bolívia e Colômbia.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: